Uma casa do futuro. E nada daquele design espelhado e curvilíneo, com aspecto cibernético, como nos filmes de ficção científica. A casa do futuro é ecologicamente correta e construída com material reciclável. O visual pode ser moldado conforme o desejo do proprietário. E com uma vantagem: além do preço mais acessível, as peças decorativas são produtos artesanais, que podem ser elaboradas por você ou por um artista. O material é todo oriundo do lixo industrial e urbano. Os revestimentos internos da casa são feitos de tubo de pasta de dente, caixa de leite e fibra de côco. E as paredes são revestidas com madeira trabalhada, combinada com cera e resina.A casa ambientada para o consumidor do futuro é uma proposta do projeto Reciclasa - Novos usos para antigos materiais, desenvolvida pela ONG Leia Brasil em parceria com a área de Responsabilidade Social da IBM Brasil. O projeto, que é itinerante, está exposto em Natal desde quinta e vai até o próximo domingo, na Pinacoteca do estado (Palácio Potengi, Cidade Alta), das 8h30 às 17h, de terça a domingo. As oficinas de reciclagem que acompanham o projeto em cada cidade, voltadas para professores de escolas, foi inviabilizado em Natal em função do recesso escolar. Geralmente é fechado um acordo com a secretaria de Educação de cada cidade para estimular a visitação de escolas e instituições de ensino da rede pública.‘‘Além de entidades governamentais e formadores de opinião, o projeto quer que professores e alunos revejam a definição atual de lixo. Absolutamente todos os resíduos produzidos nas residências podem ser reutilizados, reaproveitados ou reciclados’’, afirmou a executiva de programas de responsabilidade social da IBM Brasil, Sirlene Toledo. O projeto é patrocinado pela IBM Brasil através da Lei Rouanet . A gerente de programas de responsabilidade social da IBM, Ana Cláudia Figueiredo explicou que o intuito do projeto é pedagógico e visa replicar e incentivar o conhecimento de reciclagem nas escolas.O natalense que já compareceu à Pinacoteca pôde ver a exposição de três ambientes da casa ecológica compostos, entre outros materiais e peças, por luminárias de ferro-velho, descanso de panela feito com caixinha de filme-fotográfico, quadro interativo com bandeirinhas de São João feitas de lata de alumínio e bibelôs de sucata, numa mistura de arte popular com peças em linhas arrojadas.Exposição visa divulgar conceito de reciclagemQuem idealizou a casa reciclável foi a empresa RKS. A IBM comprou a idéia e contratou uma equipe multidisciplinar, composta por especialistas em várias áreas, como arquitetos, artistas plásticos, técnicos em meio ambiente e até em lixo, para elaborar a planta. Ao todo foram 15 especialistas que moldaram o conceito da casa. Com o projeto físico concretizado, surgiu a idéia de replicar a idéia em estados brasileiros, tornando-se itinerante. Ao final das exposições pelo Brasil, a casa será montada, com todos os ambientes, em uma instituição filantrópica, para exposição permanente.Ana Cláudia Figueiredo disse que em cada estado, artistas locais se interessavam pelo projeto e doavam peças recicláveis elaboradas por eles. As peças são avaliadas por uma curadoria e podem compor um dos ambientes da casa. É também o artista local que o projeto procura ao chegar à cidade, para que ministre as oficinas destinadas aos professores. ‘‘Em cada lugar, o artista se interessa em agregar valor e se engaja no projeto’’, comentou Ana Cláudia.Ela afirmou que seria gratificante ver a Reciclasa inserido num programa habitacional de algum governo, embora não seja este o intuito da exposição itinerante: o de replicar conhecimentos sobre o conceito de reciclagem. Ana Cláudia disse que os bancos feitos de madeira plástica - um dos itens na exposição - têm sido muito adotados por prefeituras do interior. Ela acredita que muitos dos 160 professores que passaram pelas oficinas também conseguiram repassar conhecimentos e outras ações relacionadas à reciclagem do lixo têm sido
fonte:Diário Natal (http://diariodenatal.dnonline.com.br/site/materia.php?idsec=2&idmat=153908 )
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