Friday 28 November 2008

Green Project Awards-Prémios 'verdes' destacam AMI, INETI e Sociedade Ponto Verde



Foram 267 as empresas, instituições, escolas, autarquias e ganinetes de projectos que se candidataram aos Green Project Awards, o que surpreendeu até a organização da iniciativa centrada no ambiente, que arrancou este ano.

A Assistência Médica Internacional (AMI), o Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI), e a Sociedade Ponto Verde são os grandes vencedores de cada categoria, escolhidos a partir de uma short list de 28 candidaturas. Os prémios, são entregues esta noite no Centro de Congressos do Estoril.

A AMI foi destacada na categoria de Projectos, onde concorreram 143 iniciativas, graças às suas campanhas de recolha de resíduos para financiar projectos sociais. A AMI organizou diversas recolhas: de radiografias, consumíveis informáticos, telemóveis e óleos alimentares usados.

Foram ainda distinguidas com menções honrosas a Junta de Freguesia da Ericeira, com um projecto de recolha de óleo alimentar, e a Livros Amigos do Ambiente, que concorreu com uma plataforma para compra e venda de livros escolares em segunda mão e a preços reduzidos. Criou também o 'livrão' que tem já mais de mil pontos de recolha.

Na segunda categoria, ligada à Investigação e Desenvolvimento, o INETI destacou-se com um projecto de produção de aglomerados (para arquitectura ou construção), através da combinação de pasta de cartões de embalagens com partículas de cortiça.

Também nesta categoria foram entregues duas menções honrosas, uma delas para a empresa Domingos da Silva Teixeira S.A., em parceria com a Universidade do Minho que projectaram um sistema de construção bioclimática, que junta madeira e vidro. A outra mensão foi para a E xtrastudio, Arquitectura, Urbanismo e Design, que desenvolveu um betão orgânico, ou seja, com terra incorporada, para plantação de espécies vegetais.

Por fim, na categoria de Comunicação, venceu a Sociedade Ponto Verde, cujas campanhas coloridas com crianças e figuras públicas de 270 mil toneladas de lixo separado recolhido em 2004, para 460 mil em 2007.

As menções honrosas desta categoria foram para a EDP, com o projecto Energy Bus; para a Delta Cafés, com o Planeta Delta; e para a série documental de Francisco Manso e Luísa Schmidt intitulada Portugal, Um Retrato Ambiental.

Os Green Project Awards foram organizados pelo Grupo GCI, em parceria com a Quercus e a Agência Portuguesa do Ambiente, e tiveram também o apoio do SOL.

O júri foi presidido por António Gonçalves Henriques, Director-Geral da Agência Portuguesa do Ambiente, e constituído ainda por representantes da Quercus, do BCSD, do INETI, Adene, IHRU, Renae, Parque Expo, Universidade Técnica de Lisboa, Universidade Católica Portuguesa e MIT.

Fonte: (http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=118279, consultado em28\11\08)

Sunday 23 November 2008

Assinatura do Código de Conduta Empresas e VIH



Antes de mais, quero felicitar todas as empresas que aqui assumiram hoje um grande compromisso ao assinarem o «Código de Conduta Empresas e VIH».

Esta atitude de auto-regulação mostra o sentido de responsabilidade das empresas portuguesas perante uma doença que afecta cerca de 32 mil pessoas em Portugal, muitas delas ainda vítimas de discriminação.

Tal como qualquer outro doente crónico, um indivíduo portador de VIH tem todo o direito de assumir a sua doença no local de trabalho, sem que isso o prejudique. Mas, para tal, cabe também às entidades empregadoras estarem informadas e sensibilizadas para este problema. O «não à discriminação» dito pelas empresas funciona como um exemplo para toda a sociedade. Se as estruturas empresariais admitem funcionários portadores do vírus, estão a quebrar tabus e a abrir o diálogo à doença, combatendo a exclusão e promovendo comportamentos preventivos.

As empresas, tal como o vírus da sida, não têm fronteiras. A estrutura empresarial portuguesa está cada vez mais aberta ao continente africano, onde a sida é ainda uma realidade incontrolável. Nestes casos, as empresas assumem um papel ainda mais relevante no âmbito da saúde pública. Através dos seus colaboradores, podem elas próprias funcionar como um veículo de informação e prevenção da doença. Pequenos gestos que reflectem um enorme sentido de responsabilidade social e que podem fazer toda a diferença.

É também por essa via que o Ministério da Saúde está a caminhar. Prova disso é o facto de a sida ser uma das áreas consideradas prioritárias no Plano Estratégico de Cooperação em Saúde, cujas actividades estamos a desenvolver com os países da CPLP no âmbito da cooperação em saúde.

Não é demais lembrar que está na mão de cada um de nós prevenir esta doença, que hoje é considerada crónica, o que pode ter condicionado uma atitude de menor receio, que leva as pessoas a abandonarem a preocupação, descurando algumas medidas de prevenção.

Mas a sida continua a ser uma doença mortal, que não tem rosto e que qualquer pessoa pode contrair.

Fonte: http://www.governo.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Ministerios/MS/Comunicacao/Intervencoes/20081121_MS_Int_Empresas_VIH.htm, consultado em 23\nov\08)

Monday 17 November 2008

Voluntariado vale por ano 1300 milhões

Actividade entra em novas áreas, como a cultura, e caminha para maior qualificação.

É como um presente discreto e sem papel de embrulho, com uma pedra preciosa no interior. O trabalho voluntário em Portugal vale pelo menos 0,8% do Produto Interno Bruto e tem tendência a crescer.

Para Maria Amélia Lopes, professora aposentada que há perto de um ano "oferece" à Biblioteca Municipal de Sesimbra ateliês de escrita criativa para crianças, as horas de voluntariado não têm preço. São "um desafio" que lhe permite manter activo "o bichinho" que sempre a moveu profissionalmente: a "paixão" pela língua portuguesa.

O voluntariado cultural é um dos sectores emergentes em Portugal, assinala Elza Chambel, presidente do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado (CNPV). Além de novas áreas, caminha-se para uma maior qualificação profissional, razão que torna imperioso avaliar o seu peso na economia.

Foi à descoberta desse valor quantitativo que partiu Maria dos Anjos Almeida, do Observatório do Emprego e Formação Profissional, em colaboração com o CNPV. As contas serão apresentadas na próxima sexta-feira, durante um fórum europeu que analisa o papel do voluntariado na promoção do desenvolvimento.

"Trata-se de uma estimativa, não de uma contabilidade", começa por ressalvar Maria dos Anjos Almeida. Uma estimativa em que, ainda assim, acredita de forma convicta - o resultado apontou para 0,8% do PIB (ou seja, 1304 milhões de euros, a valores de 2007). A investigadora admite uma margem até 1%, mas não mais do que isso.

Através de um inquérito a um universo seleccionado de instituições, apurou volumes de horas por áreas profissionais, a que aplicou os valores da tabela de remunerações do Ministério do Trabalho. Para voluntários ocasionais calculou remunerações médias. Inspirou-se em metodologias seguidas noutros países, com mais tradição de voluntariado. É o caso do Canadá, que aponta para 1,4% do PIB.

Roque Amaro, professor do Instituto Superior das Ciências do Trabalho e Empresa, acredita que o valor nacional seja mais alto: "Não está em causa apenas o número de horas, mas a sua qualidade". Não tem dúvidas de que no futuro esse valor irá subir e destaca que se está a abandonar uma matriz de puro voluntarismo, rumo ao enquadramento organizacional e qualificado. Que tem como reverso o "maior prestígio do trabalho voluntário".

Qualificar o voluntariado é precisamente uma das missões do CNPV, a que se juntam a promoção de novas iniciativas e a organização das redes locais. Porque no terreno há muitas iniciativas, mas às vezes "muito espontâneas, com o que isso tem de bom e de mau", Elza Chambel destaca a importância de se investir em formação. "O voluntariado tem de ser tão qualificado como uma profissão qualquer".

Compromisso e gratuidade são, na sua opinião, as duas chaves para se ser voluntário. E não há, pergunta-se, voluntariado remunerado - como o entendem programas internacionais, nomeadamente das Nações Unidas? "É uma discussão que nos leva muito longe. Alguns países defendem a existência de benefícios fiscais, por exemplo".

Elza Chambel puxa da ajuda da língua francesa para ilustrar essa dualidade de perspectivas: "bénévole" é uma pessoa que trabalha a título totalmente gratuito; "volontaire" alguém que se dispõe a missões com alguma remuneração.

Dentro de portas é o primeiro conceito que impera, com um dinamismo que deixa Elza Chambel satisfeita. O "maior sinal" desse crescimento, sustenta, é a abertura de novos bancos locais. Quinta-feira passada foi assinado, em Mangualde, o protocolo do 70º a nível nacional. E há mais 23 em fase de implementação.

A par de áreas como o ambiente, a cultura ou a cooperação para o desenvolvimento, o voluntariado tem vindo também a crescer no meio empresarial. O Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial (GRACE) conta actualmente com 50 empresas e promove iniciativas sociais e ambientais.

João Reis, presidente do GRACE, reconhece haver do público a "desconfiança" de que apenas se procura a divulgação empresarial. A mais-valia, contudo, é outra: "As acções são um dia de trabalho diferente e uma forma muito importante de criar espírito de equipa".

fonte: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1044906, consultado 17 nov.08


Sunday 2 November 2008

Governo alarga produção de biocombustíveis às autarquias



O Governo alargou às autarquias a possibilidade de serem produtoras de bio-combustíveis, com direito a benefícios fiscais, após o protesto da freguesia da Ericeira, sancionada por não pagar imposto pelo biocombustível que produziu para alimentar a frota.

A legislação que estava em vigor desde 2006, e que deu origem à aplicação de uma coima de sete mil euros à junta da Ericeira, restringia às empresas a obtenção da categoria de pequenos produtores dedicados, com a respectiva isenção fiscal. «O Governo veio dar-nos razão e alterou a lei, agora cabe às autarquias recolher e valorizar os resíduos uma vez que o processo está mais facilitado», disse à Lusa Joaquim Casado, presidente da junta de freguesia da Ericeira (PSD), congratulando-se com a alteração. De acordo com o novo texto do decreto-lei 206/2008, de 23 de Outubro, é alargado o âmbito da categoria de pequeno produtor dedicado à «autarquia local, o serviço ou organismo dependente de uma autarquia local». Os pequenos produtores devem ter uma produção máxima anual de 3000 toneladas de biocombustível e colocar toda a sua produção em própria frota ou, a título não oneroso, em frotas de autarquias locais ou dos respectivos serviços, organismos ou empresas do sector empresarial local, ou, ainda, de entidades sem finalidades lucrativas, lê-se no decreto-lei publicado há uma semana no Diário da República. Joaquim Casado considera ainda que com o alargamento da possibilidade de produção de biocombustíveis às autarquias «cabe às câmaras municipais, pela sua maior dimensão, construírem as centrais de valorização e às juntas a recolha dos óleos». A Lusa contactou a Associação Nacional de Municípios Portugueses para obter uma opinião sobre esta matéria mas até ao momento não obteve resposta. Mensalmente e desde há vários anos que a freguesia da Ericeira recolhe junto dos estabelecimentos de restauração entre quatro a cinco mil litros de óleo vegetal usado. A partir de Junho de 2007 os óleos eram valorizados numa central de transformação onde era produzido biocombustível para o abastecimento de toda a frota da autarquia e ainda dava para oferecer aos bombeiros e a instituições de solidariedade social. O facto de não ser pequeno produtor dedicado e não ter pago o imposto sobre produtos petrolíferos (ISP) levou-a a ser sancionada pela Direcção-Geral das Alfândegas e Impostos de Finanças no início do ano. O presidente da junta de freguesia da Ericeira alegou que desconhecia a lei e considerou injusta a sanção pelo que nunca pagou coima. O autarca denunciou o caso a todos os grupos parlamentares da Assembleia da República e foi ouvido na comissão de Assuntos Económicos e Inovação e Desenvolvimento Regional. O caso da Ericeira chegou também a ser alvo de uma pergunta ao primeiro-ministro, a 28 de Maio, por parte da deputada dos Verdes, Heloísa Apolónia durante o debate quinzenal com José Sócrates, que na altura disse desconhecer a situação. Agora, a freguesia espera que «se encontre uma solução para resolver o assunto» uma vez que por não ter pago a coima foi notificada pela Direcção-Geral das Contribuições e Impostos de que o processo seguiria para penhora de bens. A autarquia recorreu da decisão e o processo está a decorrer no Tribunal de Mafra.

fonte:(http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=115453 , consultado em 02\Nov\08)