Embaixada do Conhecimento. Um local de troca e partilha de conhecimento. Neste momento é composto por único Embaixador Residente. Os temas principais abordados são a Responsabilidade Social,NeuroMarketing,Redes Sociais,Internacionalização, Administração Pública e Cultura. Os limites são as próprias capacidades de sonhar….
Thursday, 4 December 2008
O ECO Europa -O programa semanal na SIC
O ECO Europa tem como principais temas a protecção ambiental e o desenvolvimento sustentável na Europa.
O novo programa semana da SIC Notícias com uma duração máxima de 25 minutos, contará com três reportagens alargadas e conta com o apoio do Parlamento Europeu e da Caixa Geral de Depósitos.
Friday, 28 November 2008
Green Project Awards-Prémios 'verdes' destacam AMI, INETI e Sociedade Ponto Verde
Foram 267 as empresas, instituições, escolas, autarquias e ganinetes de projectos que se candidataram aos Green Project Awards, o que surpreendeu até a organização da iniciativa centrada no ambiente, que arrancou este ano.
A Assistência Médica Internacional (AMI), o Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI), e a Sociedade Ponto Verde são os grandes vencedores de cada categoria, escolhidos a partir de uma short list de 28 candidaturas. Os prémios, são entregues esta noite no Centro de Congressos do Estoril.
A AMI foi destacada na categoria de Projectos, onde concorreram 143 iniciativas, graças às suas campanhas de recolha de resíduos para financiar projectos sociais. A AMI organizou diversas recolhas: de radiografias, consumíveis informáticos, telemóveis e óleos alimentares usados.
Foram ainda distinguidas com menções honrosas a Junta de Freguesia da Ericeira, com um projecto de recolha de óleo alimentar, e a Livros Amigos do Ambiente, que concorreu com uma plataforma para compra e venda de livros escolares em segunda mão e a preços reduzidos. Criou também o 'livrão' que tem já mais de mil pontos de recolha.
Na segunda categoria, ligada à Investigação e Desenvolvimento, o INETI destacou-se com um projecto de produção de aglomerados (para arquitectura ou construção), através da combinação de pasta de cartões de embalagens com partículas de cortiça.
Também nesta categoria foram entregues duas menções honrosas, uma delas para a empresa Domingos da Silva Teixeira S.A., em parceria com a Universidade do Minho que projectaram um sistema de construção bioclimática, que junta madeira e vidro. A outra mensão foi para a E xtrastudio, Arquitectura, Urbanismo e Design, que desenvolveu um betão orgânico, ou seja, com terra incorporada, para plantação de espécies vegetais.
Por fim, na categoria de Comunicação, venceu a Sociedade Ponto Verde, cujas campanhas coloridas com crianças e figuras públicas de 270 mil toneladas de lixo separado recolhido em 2004, para 460 mil em 2007.
As menções honrosas desta categoria foram para a EDP, com o projecto Energy Bus; para a Delta Cafés, com o Planeta Delta; e para a série documental de Francisco Manso e Luísa Schmidt intitulada Portugal, Um Retrato Ambiental.
Os Green Project Awards foram organizados pelo Grupo GCI, em parceria com a Quercus e a Agência Portuguesa do Ambiente, e tiveram também o apoio do SOL.
O júri foi presidido por António Gonçalves Henriques, Director-Geral da Agência Portuguesa do Ambiente, e constituído ainda por representantes da Quercus, do BCSD, do INETI, Adene, IHRU, Renae, Parque Expo, Universidade Técnica de Lisboa, Universidade Católica Portuguesa e MIT.
Fonte: (http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=118279, consultado em28\11\08)
Sunday, 23 November 2008
Assinatura do Código de Conduta Empresas e VIH
Antes de mais, quero felicitar todas as empresas que aqui assumiram hoje um grande compromisso ao assinarem o «Código de Conduta Empresas e VIH».
Esta atitude de auto-regulação mostra o sentido de responsabilidade das empresas portuguesas perante uma doença que afecta cerca de 32 mil pessoas em Portugal, muitas delas ainda vítimas de discriminação.
Tal como qualquer outro doente crónico, um indivíduo portador de VIH tem todo o direito de assumir a sua doença no local de trabalho, sem que isso o prejudique. Mas, para tal, cabe também às entidades empregadoras estarem informadas e sensibilizadas para este problema. O «não à discriminação» dito pelas empresas funciona como um exemplo para toda a sociedade. Se as estruturas empresariais admitem funcionários portadores do vírus, estão a quebrar tabus e a abrir o diálogo à doença, combatendo a exclusão e promovendo comportamentos preventivos.
As empresas, tal como o vírus da sida, não têm fronteiras. A estrutura empresarial portuguesa está cada vez mais aberta ao continente africano, onde a sida é ainda uma realidade incontrolável. Nestes casos, as empresas assumem um papel ainda mais relevante no âmbito da saúde pública. Através dos seus colaboradores, podem elas próprias funcionar como um veículo de informação e prevenção da doença. Pequenos gestos que reflectem um enorme sentido de responsabilidade social e que podem fazer toda a diferença.
É também por essa via que o Ministério da Saúde está a caminhar. Prova disso é o facto de a sida ser uma das áreas consideradas prioritárias no Plano Estratégico de Cooperação em Saúde, cujas actividades estamos a desenvolver com os países da CPLP no âmbito da cooperação em saúde.
Não é demais lembrar que está na mão de cada um de nós prevenir esta doença, que hoje é considerada crónica, o que pode ter condicionado uma atitude de menor receio, que leva as pessoas a abandonarem a preocupação, descurando algumas medidas de prevenção.
Mas a sida continua a ser uma doença mortal, que não tem rosto e que qualquer pessoa pode contrair.
Fonte: http://www.governo.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Ministerios/MS/Comunicacao/Intervencoes/20081121_MS_Int_Empresas_VIH.htm, consultado em 23\nov\08)
Monday, 17 November 2008
Voluntariado vale por ano 1300 milhões
É como um presente discreto e sem papel de embrulho, com uma pedra preciosa no interior. O trabalho voluntário em Portugal vale pelo menos 0,8% do Produto Interno Bruto e tem tendência a crescer.
Para Maria Amélia Lopes, professora aposentada que há perto de um ano "oferece" à Biblioteca Municipal de Sesimbra ateliês de escrita criativa para crianças, as horas de voluntariado não têm preço. São "um desafio" que lhe permite manter activo "o bichinho" que sempre a moveu profissionalmente: a "paixão" pela língua portuguesa.
O voluntariado cultural é um dos sectores emergentes em Portugal, assinala Elza Chambel, presidente do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado (CNPV). Além de novas áreas, caminha-se para uma maior qualificação profissional, razão que torna imperioso avaliar o seu peso na economia.
Foi à descoberta desse valor quantitativo que partiu Maria dos Anjos Almeida, do Observatório do Emprego e Formação Profissional, em colaboração com o CNPV. As contas serão apresentadas na próxima sexta-feira, durante um fórum europeu que analisa o papel do voluntariado na promoção do desenvolvimento.
"Trata-se de uma estimativa, não de uma contabilidade", começa por ressalvar Maria dos Anjos Almeida. Uma estimativa em que, ainda assim, acredita de forma convicta - o resultado apontou para 0,8% do PIB (ou seja, 1304 milhões de euros, a valores de 2007). A investigadora admite uma margem até 1%, mas não mais do que isso.
Através de um inquérito a um universo seleccionado de instituições, apurou volumes de horas por áreas profissionais, a que aplicou os valores da tabela de remunerações do Ministério do Trabalho. Para voluntários ocasionais calculou remunerações médias. Inspirou-se em metodologias seguidas noutros países, com mais tradição de voluntariado. É o caso do Canadá, que aponta para 1,4% do PIB.
Roque Amaro, professor do Instituto Superior das Ciências do Trabalho e Empresa, acredita que o valor nacional seja mais alto: "Não está em causa apenas o número de horas, mas a sua qualidade". Não tem dúvidas de que no futuro esse valor irá subir e destaca que se está a abandonar uma matriz de puro voluntarismo, rumo ao enquadramento organizacional e qualificado. Que tem como reverso o "maior prestígio do trabalho voluntário".
Qualificar o voluntariado é precisamente uma das missões do CNPV, a que se juntam a promoção de novas iniciativas e a organização das redes locais. Porque no terreno há muitas iniciativas, mas às vezes "muito espontâneas, com o que isso tem de bom e de mau", Elza Chambel destaca a importância de se investir em formação. "O voluntariado tem de ser tão qualificado como uma profissão qualquer".
Compromisso e gratuidade são, na sua opinião, as duas chaves para se ser voluntário. E não há, pergunta-se, voluntariado remunerado - como o entendem programas internacionais, nomeadamente das Nações Unidas? "É uma discussão que nos leva muito longe. Alguns países defendem a existência de benefícios fiscais, por exemplo".
Elza Chambel puxa da ajuda da língua francesa para ilustrar essa dualidade de perspectivas: "bénévole" é uma pessoa que trabalha a título totalmente gratuito; "volontaire" alguém que se dispõe a missões com alguma remuneração.
Dentro de portas é o primeiro conceito que impera, com um dinamismo que deixa Elza Chambel satisfeita. O "maior sinal" desse crescimento, sustenta, é a abertura de novos bancos locais. Quinta-feira passada foi assinado, em Mangualde, o protocolo do 70º a nível nacional. E há mais 23 em fase de implementação.
A par de áreas como o ambiente, a cultura ou a cooperação para o desenvolvimento, o voluntariado tem vindo também a crescer no meio empresarial. O Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial (GRACE) conta actualmente com 50 empresas e promove iniciativas sociais e ambientais.
João Reis, presidente do GRACE, reconhece haver do público a "desconfiança" de que apenas se procura a divulgação empresarial. A mais-valia, contudo, é outra: "As acções são um dia de trabalho diferente e uma forma muito importante de criar espírito de equipa".
Sunday, 2 November 2008
Governo alarga produção de biocombustíveis às autarquias
O Governo alargou às autarquias a possibilidade de serem produtoras de bio-combustíveis, com direito a benefícios fiscais, após o protesto da freguesia da Ericeira, sancionada por não pagar imposto pelo biocombustível que produziu para alimentar a frota.
A legislação que estava em vigor desde 2006, e que deu origem à aplicação de uma coima de sete mil euros à junta da Ericeira, restringia às empresas a obtenção da categoria de pequenos produtores dedicados, com a respectiva isenção fiscal. «O Governo veio dar-nos razão e alterou a lei, agora cabe às autarquias recolher e valorizar os resíduos uma vez que o processo está mais facilitado», disse à Lusa Joaquim Casado, presidente da junta de freguesia da Ericeira (PSD), congratulando-se com a alteração. De acordo com o novo texto do decreto-lei 206/2008, de 23 de Outubro, é alargado o âmbito da categoria de pequeno produtor dedicado à «autarquia local, o serviço ou organismo dependente de uma autarquia local». Os pequenos produtores devem ter uma produção máxima anual de 3000 toneladas de biocombustível e colocar toda a sua produção em própria frota ou, a título não oneroso, em frotas de autarquias locais ou dos respectivos serviços, organismos ou empresas do sector empresarial local, ou, ainda, de entidades sem finalidades lucrativas, lê-se no decreto-lei publicado há uma semana no Diário da República. Joaquim Casado considera ainda que com o alargamento da possibilidade de produção de biocombustíveis às autarquias «cabe às câmaras municipais, pela sua maior dimensão, construírem as centrais de valorização e às juntas a recolha dos óleos». A Lusa contactou a Associação Nacional de Municípios Portugueses para obter uma opinião sobre esta matéria mas até ao momento não obteve resposta. Mensalmente e desde há vários anos que a freguesia da Ericeira recolhe junto dos estabelecimentos de restauração entre quatro a cinco mil litros de óleo vegetal usado. A partir de Junho de 2007 os óleos eram valorizados numa central de transformação onde era produzido biocombustível para o abastecimento de toda a frota da autarquia e ainda dava para oferecer aos bombeiros e a instituições de solidariedade social. O facto de não ser pequeno produtor dedicado e não ter pago o imposto sobre produtos petrolíferos (ISP) levou-a a ser sancionada pela Direcção-Geral das Alfândegas e Impostos de Finanças no início do ano. O presidente da junta de freguesia da Ericeira alegou que desconhecia a lei e considerou injusta a sanção pelo que nunca pagou coima. O autarca denunciou o caso a todos os grupos parlamentares da Assembleia da República e foi ouvido na comissão de Assuntos Económicos e Inovação e Desenvolvimento Regional. O caso da Ericeira chegou também a ser alvo de uma pergunta ao primeiro-ministro, a 28 de Maio, por parte da deputada dos Verdes, Heloísa Apolónia durante o debate quinzenal com José Sócrates, que na altura disse desconhecer a situação. Agora, a freguesia espera que «se encontre uma solução para resolver o assunto» uma vez que por não ter pago a coima foi notificada pela Direcção-Geral das Contribuições e Impostos de que o processo seguiria para penhora de bens. A autarquia recorreu da decisão e o processo está a decorrer no Tribunal de Mafra.
fonte:(http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=115453 , consultado em 02\Nov\08)Sunday, 28 September 2008
2º Ciclo/Mestrado em Cidadania e Responsabilidade Social - Universidade Fernando Pessoa
Despacho n.º 2 225/2008 de 23 Janeiro (ligação para o DR em pdf)
Coordenação
Profª Doutora Teresa Toldy (toldy@ufp.pt)
Duração
4 semestres = 120 ECTS:- 3 semestres: plano curricular- 1 semestre: elaboração da dissertação
Informações
ingresso@ufp.pt; (+351) 22 507 13 35
OBJECTIVOS
Com este curso, a Universidade Fernando Pessoa pretende abrir caminho a um percurso formativo e a uma carreira de investigação no âmbito dos estudos de cidadania e da responsabilidade social, estimulando os mecanismos de reflexão e de auto-crítica relacionados com a educação para a liberdade e para a responsabilidade.
Para saber mais consultar o site : http://www.ufp.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=195:2o-ciclomestrado-em-cidadania-e-responsabilidade-social&catid=23:ensino
Pós-Graduação Comunicação e Responsabilidade Social
Prémios à Eficácia divulgados em Novembro
Esta é a quarta edições dos prémios, ao qual concorreram 61 trabalhos distribuídos pelas referidas competições. A de Eficácia Publicitária é a que tem mais trabalhos em competição, 31 campanhas.
A APAN e o Grupo Consultores são os organizadores dos Prémios.
Município de Montijo _Celebra protocolo com Fórum Montijo e Grupo Coral do Montijo
"É na sequência desta política continuada que entre o Município de Montijo, o Fórum Montijo e a Associação Grupo Coral do Montijo será celebrado um protocolo, que tem como principal objectivo o aprofundamento da responsabilidade social empresarial, mediante o estabelecimento de diversas parcerias." - salienta-seA cerimónia de assinatura do protocolo terá lugar no Cinema-Teatro Joaquim d´Almeida, hoje, dia 25 de Setembro, pelas 18 horas, com as presenças de presidente da Câmara Municipal de Montijo – Maria Amélia Antunes; vereadora do Pelouro da Cultura e Acção Social – Maria Clara Silva, director do Fórum Montijo – Ricardo Esteves e presidente da Associação Grupo Coral de Montijo – Celina Mendes.
Brasil - Faculdades particulares dedicam dia à responsabilidade social
Em Salvador, instituições aproveitam o dia para expor suas ações e os frutos dos trabalhos realizados durante o ano, sem esquecer os serviços a comunidades carentes, que a reboque, trazem visibilidade para suas marcas. O Centro Universitário da Bahia, por exemplo, optou por uma oferta de serviços e atividades diversificadas para a população em geral para marcar o dia.
O local escolhido foi o Parque da Cidade. Das 9h Às 17h, a população terá acesso gratuito a serviços como atendimento jurídico, orientações sobre direitos trabalhistas e Direito do Consumidor, verificação de pressão arterial e serviços de saúde, imunização e diversos outros. Haverá espaço também para profissionalização e entretenimento. Envelhecimento saudável, acupuntura, oficina de contos infantis, avaliação nutricional, corte de cabelo e massagem corporal.
Com o intuito de marcar a data, a Faculdade da Cidade do Salvador reúne uma série de atividades educativas e culturais para a comunidade, das 9h às 15h, no Edf. Nobre e na Praça da Inglaterra, ambos no Comércio. O evento terá música, vídeos educativos, ginástica laboral, Festival Gastronômico e uma brinquedoteca com atividades infantis.
Em parceria com órgãos públicos, estarão disponíveis também cadastramento para vagas de emprego do Serviço Municipal de Intermediação de Mão de Obra (SIMM), balcão de atendimento da Embasa, senhas para 2ª via gratuita de documentos da Secretaria de Segurança Pública, e serviços de saúde bucal do SESI. Os visitantes poderão participar ainda de oficinas de dança, pintura, bijuterias e reciclagem, bazar de escambo, consultoria em moda, palestras e cartilhas educativas, aferição de pressão arterial, teste de glicemia, e terão acesso a serviços de massoterapia, podólogo, corte de cabelo e outros.
Atividades acadêmicas - Na Universidade Salvador (Unifacs), o Dia da Responsabilidade Social também será lembrado com serviços à comunidade. As ações vão atender aos assistidos pelo Laboratório de Tecnologia Social (LETECS), em Mata Escura. A programação inclui caminhada ecológica, oficinas de finanças pessoais, ética urbana, manutenção de computadores, orientação para abertura de micro e pequenas empresas e histórias para as crianças.
Já nos prédios de aula da instituição, as atividades serão voltadas para profissionais de diversos setores. Um encontro de profissionais de web e palestras sobre eficiência energética e consumo consciente estão entre as atividades.
A Faculdade 2 de Julho optou por comemorar o Dia da Responsabilidade Social com ações voltadas para estudantes. As principais atividades dentre as que integram o evento comemorativo é um simulado solidário para o vestibular e o aulão interdisciplinar sobre o Aquecimento Global. O show da banda Massapé será responsável pela animação do público. A faculdade promete ainda premiar os melhores colocados no simulado com bolsas de estudos parciais ou integrais.
Estudantes interessados em participar podem se inscrever pelos sites www.f2j.edu.br ou www.colegio2dejulho.com.br , pelo telefone (71) 3114-3400, ou ainda na sede da instituição, que fica na Avenida Leovigildo Filgueiras, 81 (Garcia). A organização do evento sugere a doação de um livro, eu será integrado ao projeto de formação de bibliotecas comunitárias da instituição.
Confira a programação completa de outras faculdades em Salvador e saiba os detalhes sobre o Dia da Responsabilidade no Ensino Superior Particular 2008 no site da ABMAES .
fonte:(http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf;.jbossdube1?id=970614 , consultado em 28\set\08)
Tuesday, 23 September 2008
lançamento de um novo livro de Responsabilidade Social escrito por investigadores Portugueses
O Clube ISCTE, a Edições Pedago e os autores têm o prazer de convidar V. Exa. para a apresentação do livro Responsabilidade Social das Organizações: Perspectivas de Investigação, da autoria de Jorge Rodrigues, Miguel Seabra, Carlos Mata e José Simões.
A sessão terá lugar no CLUBE ISCTE, Edifício ISCTE -Ala Autónoma, Sala 405-4.º Andar, Av. das Forças Armadas, em Lisboa, dia 30 de Setembro, pelas 18:00h.
A apresentação da obra estará a cargo do Professor Doutor
Nelson dos Santos António e do Professor Doutor Luís Reto.
Monday, 22 September 2008
Nobel da Economia diz que crise nos EUA vai desalojar 2 milhões
Joseph Stiglitz considera que «modelo do fundamentalismo de mercado falhou»
O Prémio Nobel da Economia, Joseph Stiglitz, declarou esta segunda-feira que o modelo do fundamentalismo de mercado nos EUA falhou e revelou que a ausência de previsão de riscos por parte das autoridades vai desalojar mais dois milhões de pessoas em 2009.
«O modelo baseado no fundamentalismo de mercado não funciona. Falhou. É preciso trabalhar sobre outra solução. É preciso um sistema mais pluralista, com mais pilares além do sector privado», defendeu o economista norte-americano, no âmbito do 27 Congresso Internacional de CIRIEC, que arrancou esta manhã em Sevilha (Espanha), citado pela agência «Lusa».
O CIRIEC é considerado um dos principais eventos na área da economia pública, social e cooperativa e prolonga-se até dia 24, quarta-feira.
O Prémio Nobel da Economia acusa os responsáveis norte-americanos de fazerem uma «má gestão dos capitais e dos riscos» e de não prestarem informação «boa» e «transparente» levando a que as acções subam de valor.
Mercados é como roleta de casino
«Sem uma boa informação os mercados nunca vão funcionar bem. É um pouco como jogar na roleta de um casino. Eles não querem boa informação, nem transparência e assim as coisas ficam pouco claras. Há pouca eficácia com base em más informações», constatou, reiterando que «as políticas de Washington falharam».
Joseph Stiglitz lembrou que já três milhões de norte-americanos ficaram sem casa e que no próximo ano mais «dois milhões vão também perder habitação», porque não se previram os riscos.
«Temos um grande problema social. Quando se compra uma casa têm de se prever os riscos», lamentou Joseph Stiglitz, que já veio a público dizer que o incentivo financeiro de 700 mil milhões de dólares que o Governo norte-americano concedeu ao sector financeiro foi um passo «monstruoso» para os contribuintes.
O Prémio Nobel da Economia felicitou o sistema económico de Espanha por tentar ser mais «equilibrado» e reiterou que nos EUA tem existido uma «má gestão dos capitais e do risco»: «Há um desajuste, eles gerem mal os riscos. Há um fosso entre os benefícios privados e os benefícios sociais».
Em declarações aos jornalistas, Stiglitz reforçou a ideia que, apesar de ter existido inovação nos EUA, não houve uma «boa inovação».
O Prémio Novel da Economia defendeu um regresso ao «antigo sistema» económico e acredita que o candidato Barack Obama vai ser muito melhor que Bush para a economia norte-americana.
fonte: (http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=993701&div_id=1730 , consultado em 22\set\08)
Tuesday, 16 September 2008
Novo modelo de gestão do imobiliário público
Governo está a preparar uma alteração profunda na gestão do património imobiliário do Estado. A medida mais emblemática passará por obrigar todos os serviços do Estado a pagar renda pelos imóveis. A consequência prática será a racionalização: diminuindo o espaço ocupado e os gastos com os imóveis. A intenção de reestruturar o modelo de gestão dos imóveis públicos já tinha sido anunciada pelo Executivo e será aprovada numa das próximas reuniões do Conselho de Ministros, apurou o Diário Económico junto de fonte governamental. A alteração terá impactos já no próximo ano, mas os efeitos mais globais serão sentidos em 2010. As várias medidas estão previstas no Programa de Gestão do Património Imobiliário do Estado, que visa aumentar a eficiência na utilização dos bens imóveis e que durará entre 2009 e 2012. Com este programa pretende-se o estabelecimento de indicadores relativos à ocupação e aos custos de utilização, a planificação global das necessidades dos serviços e ainda a calendarização das vendas e dos arrendamentos de imóveis. A ideia de obrigar os vários serviços do Estado a pagar renda pelo espaço ocupado não é de hoje. Em 2005, com Bagão Félix à frente do Ministério das Finanças a questão chegou a ser levantada, mas acabou por não avançar. A razão para impor rendas é simples: sem terem noção do custo, os responsáveis do Estado não têm um incentivo para uma gestão mais criteriosa dos imóveis. Os últimos dados do recenseamento na Administração Pública mostram que, em média, cada funcionário público ocupa 50 m2, ao passo que no sector privado o valor de referência é de 12 m2. Ou seja, há muito espaço para poupança. Até porque o Governo tem na sua posse dados que mostram que há maior eficiência na ocupação dos imóveis já arrendados pelo Estado – representam 11% da área total ocupada pelos serviços do Estado e têm 21% do pessoal, por comparação com uma afectação de 61% de área e 53% de pessoal nos imóveis próprios. Assim, o Programa de Gestão do Património Imobiliário tem seis eixos. A questão dos serviços passarem a pagar renda está prevista no ponto sobre o regime de utilização – o programa refere a “introdução de encargos financeiros que impendem sobre os utilizadores dos imóveis do Estado, incluindo os serviços da Administração Pública desprovidos de personalidade jurídica”. A introdução da medida será gradual. Num primeiro momento, o princípio da onerosidade não afectará instalações afectas a funções operacionais das forças militares ou de segurança, nem prisões, hospitais, instalações de ensino e diplomáticas ou consulares fora de território nacional. No Orçamento do Estado para 2009 já será tido em conta a obrigatoriedade de pagar renda, mas só na preparação do Orçamento para 2010 é que será integrada na totalidade. Obras diminuem valor da renda Nem só de venda de património se fala no projecto de resolução do Conselho de Ministros. Mais do que vender, pretende-se adaptar o património às necessidades do serviço do Estado, e por isso o programa de conservação e reabilitação prevê medidas específicas para os prédios que estejam ao serviço do Estado e que assim devam ficar. De acordo com o projecto, “o montante do investimento efectuado na respectiva reabilitação poderá ser deduzido ao valor da contrapartida devida pela sua utilização”. Assim, o valor das obras, suportado pelo “ministério promotor das referidas operações de intervenção”, pode servir para reduzir o montante que os serviços vão ter de passar a pagar pela utilização dos imóveis onde se encontram. O vendedor imobiliário do Estado português A Sagestamo, empresa detida a 100% pela Parpública, é a sociedade gestora encarregue de vender o património público excedentário no mercado imobiliário. No ano passado, a Sagestamo vendeu 18 imóveis no valor de 106,5 milhões de euros e, até ao final da década, tem como objectivo chegar à fasquia dos 200 milhões de euros, indica o relatório e contas da sociedade. A Sagestamo actua também no arrendamento, apoiando a reinstalação de serviços públicos. No site da empresa (www.sagestamo.pt) é possível ter acesso aos imóveis actualmente disponíveis para venda e arrendamento. O roteiro da mudança no modelo de gestão do património 1 - Como funciona a gestão dos imóveis O Conselho de Ministros vai, brevemente, aprovar o Programa de Gestão do Património Imobiliário do Estado para os anos de 2009 a 2012, definindo “as medidas e procedimentos de coordenação a efectivar na administração de bens imóveis”. A Direcção-geral do Tesouro e Finanças fica responsável pelo acompanhamento e pela articulação com os vários ministérios. 2 - Qual vai ser o principal objectivo O principal objectivo é racionalizar a utilização dos imóveis do Estado. “Este Programa visa promover não apenas a eficiência na administração dos bens imóveis do Estado, mas também a adequação da gestão imobiliária às orientações da política económica e financeira, global e sectorialmente definidas. É por isso que os serviços vão passar a pagar rendas. 3 - Quem fica isento de pagar renda Numa primeira fase, os serviços que vão estar isentos de pagar renda são os estabelecimentos prisionais, de saúde ou de ensino, ou instalações diplomáticas ou consulares fora do território nacional. Por outro lado, o princípio da onerosidade também não vai ser aplicado a instalações afectas a funções operacionais das forças militares ou de segurança. 4 - Quando vai este modelo aplicar-se Para já, é preciso terminar o inventário que está a ser feito sobre todos os prédios do Estado. Depois, no próximo ano, vão já ser tidos em conta os valores de utilização que tiverem sido encontrados pela equipa das Finanças. No Orçamento para 2010, finalmente, o princípio do pagamento pelos serviços entra então em vigor, sendo certo que o processo será feito gradualmente. 5 - Imóveis definidos até final deste ano Um dos aspectos contemplados no diploma que será aprovado em Conselho de Ministros é a obrigatoriedade de informação por parte dos ministérios. Até 31 de Dezembro deste ano terão de enviar para as Finanças informação sobre o “excesso de capacidade existente ou previsto, a necessidade da área a ocupar e os rácios de ocupação a alcançar”. Arranque - A ideia de obrigar os serviços do Estado a pagar renda pelo espaço que ocupam não é de hoje. Em 2005, com o então Ministro das Finanças Bagão Félix, a questão chegou a ser levantada, mas não avançou. - A intenção de reestruturar o modelo de gestão dos imóveis utilizados pelo Estado já tinha sido anunciada pelo Executivo e deverá ser concretizada numa das próximas reuniões de Conselho de Ministros. - As alterações terão mais impacto já no próximo ano – estarão incluídas no Orçamento do Estado para 2009 – mas os efeitos globais só serão sentidos em 2010.
fonte: (http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/edicion_impresa/economia/pt/desarrollo/1165186.html, consultado em 16 \set\08)
Sunday, 31 August 2008
2ª Jornadas de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Algarve
Seminário da Rede Ecos em Serpa
O Ecos é umas das cinco acções preparatórias aprovadas a nível nacional ao Programa Polis XXI – Redes Urbanas para a Competitividade e Inovação –, envolvendo as cidades de Serpa, Beja, Moura, Peniche, Óbidos, Torres Vedras e Silves, entre outros parceiros públicos e privados.
No âmbito do Ecos, Serpa propõe-se desenvolver quatro projectos: o laboratório da construção sustentável da terra; o cluster da construção civil sustentável (Zona Industrial de Serpa); o Ecoquartier (no centro histórico da cidade de Serpa); a Ecovilla de Santa Iria. Estes projectos "assentam no desenvolvimento do conhecimento, investigação, pedagogia, técnica e ciência e na dinamização da economia local e do tecido social/acção social da terra".
Serpa tem experiência na aplicação de técnicas de construção tradicional "amigas do ambiente", nomeadamente a construção em terra – taipas, abóbadas –, ensinadas na Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Serpa.
Empresas nacionais ajudam a tornar Berlenga livre de carbono
Neste sentido, foi hoje assinada uma carta de compromisso com vista ao desenvolvimento do projecto «Berlenga � Laboratório de Sustentabilidade». Os objectivos principais passam por dotar a ilha de capacidades de geração e armazenamento de energia a partir de fontes renováveis, bem como de produção de água potável e tratamento de águas residuais e resíduos sólidos, explicou António José Correia, presidente da Câmara Municipal de Peniche.
A primeira fase do projecto será centrada nas energias renováveis. «Esperamos que antes do final do Verão já haja resultados ao nível da frente energética», adiantou Humberto Rosa, secretário de Estado do Ambiente.
Entre as várias acções previstas contam-se a instalação de painéis solares e aerogeradores eólicos, que irão contribuir para a criação de uma Berlenga livre de carbono. Em articulação serão integrados sistemas eficientes de gestão da água, saneamento e tratamento de resíduos sólidos, protegendo assim o ecossistema da Berlenga de danos potencialmente irreversíveis.
Além da EDP, AdP e Efacec, fazem parte do consórcio que vai desenvolver o projecto, e que também assinaram a carta compromisso, outras entidades, como o C3P - Centro para Prevenção da Poluição, Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, Câmara Municipal de Peniche, o Instituto de Soldadura e Qualidade, o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, o Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação, a NASA e a Marinha Portuguesa.
«Em Portugal não é muito comum conseguir agrupar um número tão grande de empresas em torno da preservação ambiental e do desenvolvimento sustentável dos territórios», salientou António José Correia.
Produtos verdes ainda não (con)vencem
Considerando as tendências projectadas para os países desenvolvidos, o relatório «Talk the Walk – Advancing Sustainable Lifestyles through Marketing and Communications», elaborado pela Utopies, uma consultora em desenvolvimento sustentável, pela UNEP (United Nations Environment Programme) e pela UNGC (United Nations Global Compact), em Dezembro de 2005, alerta para a necessidade de operar-se a «desconexão absoluta» com o estilo de vida actual, de modo a permitir uma redução do impacte ambiental, apesar dos aumentos globais de população e consumo per capita.
Todavia, apesar de honrosas excepções, na maioria dos países as fatias de mercado dos produtos verdes dificilmente excedem os 4 por cento. A razão, diz o relatório, é que sem economias de escala, os grupos comerciais não fazem lucros suficientes através dos produtos verdes de modo a justificar investimentos em larga escala. «As campanhas para a diminuição dos volumes consumidos são raras e dificilmente beneficiam de uma robusta monitorização, de modo a aferir os reais impactes nos padrões de consumo», completa.
Segundo Afonso Lobato Faria, director da Unidade de Desenvolvimento Sustentável do Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), «existe um mercado de produtos verdes global, que está em forte ascensão, que inclui o território nacional e os consumidores portugueses». Também para Ana Paula Duarte, directora do Centro para o Desenvolvimento Empresarial Sustentável (Cendes), pode falar-se de um mercado de produtos ecológicos e ecoeficientes em Portugal. «Já estão à disposição dos consumidores produtos e serviços ambientalmente orientados», diz.Miguel Pinto, da cooperativa de comércio justo Equação, concorda que começa a existir um mercado para estes produtos, sobretudo junto aos grandes centros urbanos (Lisboa e Porto). «Dever-se-á à maior consciencialização dos consumidores, ao interesse de muitas empresas, e às normas e decisões politicas que incentivam e valorizam este mercado», reflecte.
Monday, 25 August 2008
Expo Saragoça 2008 -600 mil no Pavilhão de Portugal
O espaço português ocupa uma área de mil metros quadrados e localiza-se perto do edifício principal da Expo, num investimento de seis milhões de euros. É o quinto maior pavilhão do evento e trata a relação hídrica com a vizinha Espanha, através dos rios fronteiriços Tejo, Douro e Guadiana, os mais importantes do País.
A iniciativa decorre até 14 de Setembro, num recinto de 25 hectares localizado a Oeste da cidade de Saragoça, ao longo das margens do rio Ebro. O preço para entrar no recinto da exposição é de 35 euros. Participam 105 países, unidos pelo mesmo tema: ‘Água e Desenvolvimento Sustentável’.
fonte:http://www.correiomanha.pt , consultado em 25/Agos/08
Noticia Brasil : Top’ Social
Tuesday, 24 June 2008
“O Estado devia criar incentivos para a RS”
A nova lei de reforma da Administração Pública “responsabiliza o Estado, mas pouco”, acusa Marcelo Rebelo de Sousa, para quem “o Estado devia criar incentivos para as empresas que desenvolvem estratégias de RS”. No plano dos Valores, faz hoje falta ao País “uma esquerda cristã” que reconheça uma nova dimensão social da sociedade.
A greve dos camionistas que paralisou recentemente o País serviu de pretexto para a afirmação polémica, na abertura do debate: “em matéria de diagnóstico estamos todos de acordo, não é por acaso que vivemos uma semana marcada pela irresponsabilidade do Estado na gestão do assunto”. Também não é por acaso que “a definição de fronteiras entre os sectores público e privado está na ordem do dia”.
Traçando um percurso histórico de oitocentos anos, o professor lembrou que Portugal fez um processo secular no qual o Estado “chamou a si tudo o que podia na sociedade portuguesa, controlando o patronato, a actividade laboral, as academias, as universidades”. Tudo dependia, de uma forma ou de outra, do Estado.
Esta “cultura estatizante” foi-se fazendo ao longo dos tempos (“para o bem e para o mal, mas sobretudo para o mal”, repara) com este Estado-padrinho, que perdurou para lá da I República, no Estado Novo e durante a Revolução. Só depois do arranque das privatizações, há cerca de quinze anos, começou a haver distanciamento para discutir o problema da delimitação de funções entre o Estado e a sociedade civil.
E se “hoje há alguma serenidade no debate sobre esta matéria”, ainda estamos a descobrir, nalguns aspectos há menos de vinte anos, mudanças culturais que vão no sentido oposto a séculos de cultura cívica, sublinha Marcelo de Sousa.
A herança deste “Estado estatizante” é uma sociedade que tem enraizada uma cultura anti-liberal, contra a economia de mercado, razão pela qual “a Direita liberal é a Direita mais fraca em Portugal e a Esquerda liberal não existe, tradicionalmente”. “Isto explica porque é que o Estado se tornou um senhor absoluto e portanto irresponsável”, conclui.
Além de absolutista, o Estado “criou mecanismos próprios para não ser responsável - nem juridica nem eticamente - perante a sociedade, explicou. Recordando que em Portugal “tivémos uma lei da responsabilidade do Estado e da Administração Pública que vigorou quarenta anos”, o professor admitiu que a mudança não é fácil, mas concluiu que a própria reforma administrativa levada a cabo pelo actual Executivo “começou pelo fim” e suscitou dúvidas (até por parte do Presidente da República).
A nova lei deixa ainda transparecer “a ideia de que a Administração Pública tem de ser protegida, através de pequenos aspectos “que mostram como a mentalidade está lá”, rematou. Exemplos disso são a presunção de culpa leve no caso da responsabilidade cívica de uma entidade pública face aos particulares, “que é a melhor maneira de desresponsabilizar o pessoal administrativo” ou a culpa funcional, criada nos tribunais quando a culpa deriva anonimamente do mau funcionamento do serviço. Culturalmente, esta atitude tem a ver com não querer apurar responsabilidades, insiste o professor.
O diploma, que passou por vários Governos antes de ser aprovado, mantém, subliminarmente, a ideia de “responsabilizar, mas pouco, o mínimo possível”, adverte. Se juntarmos a isto a lentidão do sistema judiciário, a complexidade organizativa da Administração Pública e a tendência para acabar com as “violações especiais de poder” (praticadas por alunos numa escola, por exemplo), percebemos como é ainda difícil definir fronteiras de responsabilidade pública. É que, apesar da abertura da economia social de mercado e da integração europeia de Portugal, este é um problema de mentalidades que requer uma necessariamente longa revolução cultural, constata Rebelo de Sousa.
Se projectarmos esta realidade na relação do Estado com as empresas ou nas funções que exerce na tutela dos privados, deparamo-nos com a insensibilidade do Estado face à RSE, ao invés de encontrarmos políticas de incentivo, “que o Estado devia ter, nos diversos domínios”. “As empresas não pensam apenas nos stockholders mas também nos stakeholders, há muito trabalho feito” em matéria de responsabilidade social. A RS deve crescer por via de obras sociais na comunidade de cada empresa, defendeu, e o Estado até começa a ser sensível a esta questão, mas “ainda não tem a noção exacta da sua importância: é preciso ganhar uma luta cultural.
Uma batalha cultural de todos
Perante a necessidade de mudanças profundas, impõe-se a questão: o que pode cada um de nós fazer? Muita coisa, se tivermos em conta que “o Estado somos todos”. Desfazendo o equívoco de que o Estado é uma entidade abstracta que não diz directamente respeito aos cidadãos, Rebelo de Sousa esclareceu que, pelo contrário, se trata de “uma comunidade fixa na qual o poder político está ao serviço da comunidade”. A ideia inversa é também ela uma herança cultural do passado, que deve ser desmistificada através da consciencialização de que toda a comunidade portuguesa, através da sua actividade económica e social e das suas posições políticas, sindicais ou cívicas, deve travar esta batalha cultural, propõe o convidado da ACEGE, naquele que foi um dos almoços-debate mais concorridos de sempre.
Se junto dos jovens “a mentalidade começa a mudar” no que concerne o relacionamento com o Estado, para os media “o Estado ainda é visto como um pai todo-poderoso”, perpetuando-se a atenção excessiva que recebe por parte dos orgãos de Comunicação Social, incapazes de utilizar o poder que têm para divulgar mais as iniciativas da sociedade civil, nomeadamente nba área de RS, acusa Rebelo de Sousa. Pessimista, o professor defendeu ainda que as tecnologias de comunicação emergentes poderão potenciar este comportamento, proporcionando, mais ainda do que os meios audiovisuais, “veículos e instrumentos de intervenção de cultura cívica” que poderão ser mal utilizados.
De quem é, então, a responsabilidade por esta luta cultural de Valores? Falando para uma plateia cristã, Rebelo de Sousa esclareceu que “não há nem deve haver uma questão de confronto entre a Igreja e o Estado”, a este nível. “Existem, sim, vários comportamentos do poder político – relativamente a certos regimes de Segurança Social ou de Educação, que vêm afectando bastante as escolas de inspiração cristã, por exemplo – que, directa ou indirectamente, estão a atingir valores católicos essenciais”, como a Vida, a Família ou o Casamento, apontou, numa clara alusão à legalização do aborto e às recentes alterações na lei do divórcio. “Há, no mínimo, uma insensibilidade na definição de quadros legislativos, para não dizer que há uma intenção que afecta toda a sociedade portuguesa”, na medida em que as instituições de índole religiosa são fundamentais em domínios como a Educação, a Saúde ou a Segurança Social”, comentou a este propósito.
ais grave, há no plano dos valores “uma sistemática aceleração da maioria mais à Esquerda”, que está a conduzir de forma “galopante” à dissolução do modelo tradicional de família (“trazendo ao casamento a instabilidade própria das uniões de facto”, diz) e a pôr em causa, através das modernas tecnologias de saúde, o próprio valor da Vida. Sóbrio, Rebelo de Sousa rejeita, contudo, que os cristãos façam deste fenómeno um cavalo de batalha, vincando que “seria um erro fazer disto um conflito entre a Igreja e o Estado”. Na sua opinião, os cristãos já estão a perder este combate cultural, nomeadamente nas áreas metropolitanas como Lisboa, (e paralelamente a outros instrumentos de poder que lhes começam a escapar, como as televisões), o qual deve ser assumido pelos leigos, através de associações como a ACEGE ou de entidades tão relevantes como a Universidade Católica.
Defendendo que a dimensão cristã não é “adicional, mas essencial”, Rebelo de Sousa congratulou-se com o facto de existirem em Portugal cristãos presentes nas várias estruturas (e não confinados aos lugares de culto), deixando o repto: “a nossa fé impõe-nos necessariamente um carácter missionário e evangelizador, pelo que não devemos aceitar uma visão hiper-laicista, que nos recuse a possibilidade de questionar e actuar” na vida social, económica e política do País. Liberdade religiosa nao é apenas liberdade do culto, concluiu.
O professor admitiu que os cristãos “se deixaram encurralar no quadrante doutrinário” e, nesse sentido, faz hoje falta ao País “uma esquerda cristã” que reconheça uma nova dimensão social da sociedade.
Afinal, a Fé é sinónimo de responsabilidade acrescida e, logo, de maior empenhamento social. Tudo o que os cristãos portugueses puderem fazer a favor de uma cultura de responsabilidade colectiva e de auto-responsabilização enquadra-se na sua missão religiosa. A mudança é um fenomeno cultural que terá como protagonistas os mais jovens.
fonte: (consultado em http://www.ver.pt/conteudos/ver_mais_Geral.aspx?docID=569 , em 24\junho 08)
Sunday, 22 June 2008
Rede Comum de Conhecimento
A RCC é uma rede de articulação e congregação de esforços na partilha de conhecimento baseada na adesão livre por parte dos organismos públicos, centrais e locais, das entidades privadas e dos cidadãos que nela queiram participar.
A Rede Comum de Conhecimento dará suporte às redes formais de colaboração e de conhecimento nas áreas da Simplificação e Modernização Administrativa e das Tecnologias de Informação e Comunicação.
A Rede Comum de Conhecimento combinará, numa segunda fase, actividades online com actividades presenciais: workshops, conferências, seminários.
A Rede Comum de Conhecimento é uma iniciativa da Agência para a Modernização Administrativa com o patrocínio da Secretária de Estado para a Modernização Administrativa.
O site foi desenvolvido com a colaboração da Microsoft e da Évora Distrito Digital e ainda com o apoio da Direcção Geral das Autarquias Locais (DGAL) e do Prémio de Boas Práticas no Sector Público.
Saiba como participar na Rede Comum do Conhecimento
http://www.rcc.gov.pt
http://www.ama.pt/
Mértola: Autarquia recebe prémio pela Unidade Móvel Médico de Social
O projecto da Unidade Móvel Médico de Social desenvolvido pela Câmara Municipal de Mértola conseguiu o prémio na categoria “Sustentabilidade Local”, no Concurso Nacional promovido pela Direcção-Geral das Autarquias Locais.
O prémio foi entregue ontem em Santa Maria da Feira, e Jorge Pulido Valente, presidente da autarquia da “Vila Museu”, considera que se trata de um projecto que “permitiu melhorar o acesso aos serviços sociais e de saúde da população do concelho.
A Unidade Móvel Médico Social permitiu, nos últimos três anos, aumentar a frequência nos atendimentos de enfermagem e apoio social, que totalizaram 5296 em Setembro de 2005, reduzir custos de acesso a estes serviços, além de ter permitido criar um programa escolar anual de promoção da saúde que atinge 1045 crianças/ano de todos os níveis de ensino básico.
(fonte:http://www.vozdaplanicie.pt/index.php?q=C/NEWSSHOW/21154 , consultado em 22\junho\08)
Tuesday, 17 June 2008
Serviços públicos: Portugal com 90% da Administração Pública on-line, diz estudo da OCDE
Noventa por cento da Administração Pública portuguesa já disponibiliza serviços on-line, segundo um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que vai ser apresentado na íntegra quarta-feira.
"Em poucos anos, Portugal ultrapassou o desenvolvimento da maioria dos países da OCDE na colocação on-line de serviços públicos", refere o estudo da OCDE que analisa, pela primeira vez, a simplificação administrativa e a administração electrónica num contexto nacional.
O relatório, cujos resultados serão apresentados quarta-feira no Centro de Congressos de Lisboa, adianta que "Portugal situa-se actualmente na terceira posição no que toca ao fornecimento on-line deste tipo de serviços".
A avaliação independente da OCDE, realizada a pedido de Portugal, sublinha que o exemplo português poderá ser aproveitado por outros países, particularmente no que respeita a boas práticas de utilização das novas tecnologias.
A OCDE analisou em concreto o Programa Simplex, tendo-o considerado um caso singular no panorama dos países da OCDE, pela sua ambição, objectivos e resultados até agora apresentados.
A redução de obrigações legais impostas às empresas, reestruturação dos procedimentos relativos às licenças e a aposta numa visão de serviço cada vez mais centrada nos eventos de vida dos cidadãos e das empresas (balcões Perdi a Carteira ou Casa Pronta) foram alguns dos exemplos positivos apontados pela OCDE.
O relatório da OCDE propõe linhas de acção que podem ajudar Portugal, mas também outros países, a melhorar o seu esforço de simplificação administrativa e governo electrónico, como, por exemplo, o reforço da cadeia de lojas do cidadão e o fortalecimento da cooperação entre os vários ministérios para o trabalho em rede.
O documento propõe também a criação de um Programa Simplex mais abrangente, que possa acolher, além das medidas da Administração central, iniciativas municipais ou regionais.
O relatório da OCDE vai ser numa sessão que contará com a presença da secretária de Estado da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, e com o embaixador de Portugal junto da OCDE, Eduardo Ferro Rodrigues.
fonte: (http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/0218810afeee29629f8e70.html , consultado em 17\junho \08)
Saturday, 7 June 2008
Índice de Desenvolvimento Humano
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, esperança média de vida, natalidade e outros fatores. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente o bem-estar infantil. O índice foi desenvolvido em 1990 pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no seu relatório anual.
Todo ano, os países membros da ONU são classificados de acordo com essas medidas. Os países com uma classificação elevada frequentemente divulgam a informação, a fim de atrair imigrantes qualificados ou desencorajar a emigração.
Situação de Portugal
Portugal está em 29º no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O instituto classifica como bom o nível de vida, índices a partir de 0,8. No ranking mundial Portugal (29º) está à frente dos demais países de língua portuguesa: o Brasil está em 70º, Cabo Verde em 102º, Angola em 162º, Guiné-Bissau em 175º, Timor-Leste em 150º e Moçambique em 172º. Portugal melhora gradualmente o seu índice desde que a avaliação foi instituida, em 1975.
Portugal tem registado um forte crescimento do IDH, desde 1970, bem como dos Índices intermédios que o compõem, principalmente nas décadas de 70 e 80. Relativamente ao último ano de observação, 1999, é a Região de Lisboa e Vale do Tejo que apresenta o valor mais elevado, (0,925) superior à média nacional (0,905). As regiões com valores de IDH mais baixos são o Alentejo (0,872) e a Região Autónoma da Madeira (0,889), seguindo-se a Região Centro com 0,894, a Região Norte com 0,899, o Algarve com 0,900, e os Açores com 0,903. De notar que ao nível das sub-regiões, a dicotomia entre Litoral e Interior se mantém entre 1970 e 1999, apesar da evolução dos valores de IDH entre essas datas. Por outro lado, o Litoral é mais restrito em 1999 do que em 1970 e do que em 1991. A sub-região com valor mais elevado de IDH, em 1999, é a Grande Lisboa, com 0,938, e a que apresenta valor mais baixo é o Baixo Alentejo, 0,862.
- 1975: (índice = 0.785) - médio desenvolvimento humano
- 1980: (índice = 0.799)
- 1985: (índice = 0.821) - elevado desenvolvimento humano
- 1990: (índice = 0.847)
- 1995: (índice = 0.876)
- 2000: (índice = 0.896)
- 2005: (índice = 0,904)
- 2007: (índice = 0.897)
fonte: (http://pt.wikipedia.org/wiki/IDH , consultado em 07\junho\08)
Autarquias desafiam funcionários a ir de boleia para o trabalho
Quatro autarquias da região de Lisboa lançaram um desafio aos funcionários, propondo incentivos para se deslocarem para o trabalho apanhando boleia de colegas, uma alternativa que permite poupar no combustível e melhorar o ambiente.
O sistema, conhecido pela palavra inglesa carpooling, implica a partilha do automóvel entre pessoas que residem próximo e se deslocam para os mesmos sítios. As quatro câmaras municipais (Barreiro, Lisboa, Loures e Odivelas), que apoiam o site www.carpool.com.pt, têm uma área personalizada para os seus funcionários, permitindo o registo de utilizadores limitado apenas a quem tenha um email da instituição, entre outras funcionalidades. O vereador do Urbanismo e Obras Públicas da Câmara de Loures adiantou à Lusa que este projecto está associado a outros que a autarquia está a promover na área da mobilidade, mas explicou que é cedo para fazer um balanço. «Estamos agora a começar a sensibilizar os funcionários da câmara para esta questão. O sistema de boleias ainda não está muito interiorizado, começou apenas há um mês», afirmou João Pedro Domingues. Para incentivar os colaboradores, a autarquia oferece estacionamento gratuito nos parques municipais aos carpoolers. No Barreiro, a ideia de partilha do automóvel pelos utentes da estação ferroviária de Coina, ficou aquém das expectativas. Os Serviços Municipalizados de Transportes Colectivos do Barreiro (SMTCB) e a Fertagus associaram-se no lançamento do inovador serviço de Carpooling, com os aderentes a beneficiarem de lugar de estacionamento reservado e acesso privilegiado à estação. No entanto, o reduzido número de interessados impossibilitou a ideia de avançar. «Em Junho [do ano passado] fizemos um inquérito e apenas 20 pessoas manifestaram interesse. Com tão poucas pessoas é difícil concertar os grupos e não conseguimos fazer», disse à Lusa Nuno Ferreira, responsável de divisão nos Transportes Colectivos do Barreiro, salientando que o carpooling é uma forma válida de transporte. No carpooling, em geral, todos os participantes são proprietários de um automóvel e alternam o seu uso, economizando assim em despesas de viagem, contribuindo para a redução do congestionamento e diminuindo a poluição do ar. «O carpooling é uma forma válida de transporte. Em conjunto com os outros municípios envolvidos estamos a construir um site para dinamizar a iniciativa, mas no Barreiro ainda não está em pleno, o que deve acontecer durante o mês de Junho», explicou. Nuno Ferreira espera que com o site seja possível mobilizar mais pessoas, realçando a «ferramenta poderosa» que são os mapas disponíveis, pois permitem conhecer «possíveis parceiros de viagem». «O site é a grande aposta e esperamos que as pessoas possam aderir. O caso do Barreiro direcciona-se para a estação de Coina, mas pode ser alargado. Coina tem vários problemas com o excesso de viaturas particulares e quem aderir vai ter um espaço de estacionamento à porta e também desconto no parque», anunciou. A Câmara de Odivelas disse à Lusa que «o projecto estava em fase de consolidação», pelo que não era possível fazer um balanço. Os contactos com o assessor da câmara de Lisboa foram infrutíferos. O site www.carpool.com.pt tem actualmente 598 utilizadores registados, dos quais 369 têm o perfil e percursos configurados, ou seja estão visíveis no mapa e podem ser contactados pelos outros utilizadores. Selma Fernandes, uma das responsáveis do site, sustenta que «a questão cultural é a maior barreira à adesão a este tipo de iniciativas», mas admite que «a subida dos preços [dos combustíveis] é uma boa razão para as pessoas ponderarem a sua atitude». O IKEA é talvez a primeira empresa em Portugal a pôr em prática um sistema similar. Fonte da empresa adiantou que muitos colaboradores aderiram já esta modalidade que está implícita na política da própria empresa. Houve mesmo um caso em que «alguns colaboradores juntaram-se e compraram um carro para partilhar o transporte», adiantou a mesma fonte, acrescentando que estão a ser preparadas mais medidas no âmbito da responsabilidade social e ambiental da multinacional sueca.
fonte: (http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=96292, consultado em 07\junho\08)
Wednesday, 4 June 2008
Estudo - Medidas Autárquicas de Apoio à Família, desenvolvido pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN)
Os municípios – que aderiram à iniciativa de uma forma expressiva, tendo a APFN recebido 181 respostas do total de 308 autarquias existentes em Portugal - foram questionados sobre as medidas autárquicas de apoio à família que estavam a implementar, à data do estudo. A grande maioria manifestou disponibilidade para colaborar em políticas familiarmente responsáveis.
Partindo de pressuposto de que as famílias são a célula base da sociedade, pelo que se prosperarem “o País também prospera”, a APFN defende que o seu enfraquecimento “conduz a disfuncionalidades que obrigam o Estado a intervir e a mobilizar meios e recursos que podiam ser utilizados noutras finalidades”. Estando os municípios mais próximos das famílias, “podem acompanhar as suas necessidades e aperceber-se do interesse e relevância das políticas públicas para a família”.
Em declarações ao VER, Ana Cid Gonçalves, secretária-geral da APFN, acredita que “os municípios estão a tomar consciência do problema demográfico” que Portugal atravessa com o crescente envelhecimento da população, ficando cada vez mais motivados para tomar medidas neste âmbito, a nível local.
Para as famílias munícipes, a APFN propõe às autarquias que implementem ou reforcem medidas de justiça e equidade, contemplando as famílias mais numerosas, como por exemplo a tarifa familiar da água (que corrige a penalização que os tarifários da água comportam para estas famílias em função dos consumos per capita); descontos nas taxas municipais sobre a habitação (IMI - Imposto Municipal sobre Imóveis e IMT – Imposto Municipal sobre Transacções), considerando que as famílias com mais filhos habitam em áreas maiores por uma questão de necessidade, e não de luxo; descontos nos transportes públicos, descontos nos passes escolares e descontos em bens culturais e desportivos.
Para Ana Cid Gonçalves, estas medidas “justificam-se claramente perante os enormes problemas demográficos” do País. Afinal, “há 26 anos que estamos abaixo do Índice Sintético de Fecundidade” – que estipula que a reposição de uma população se atinge com uma média de 2,1 filhos por cada família – e a situação tende a agravar-se (actualmente a média em Portugal é de 1,3 filhos por família).
Neste contexto, “quem faz a diferença são as famílias numerosas”, pois as famílias com menos de três filhos não contribuem para esta reposição da população, sublinha a secretária-geral da APFN, rematando: “é preciso fazer uma discriminação positiva, que tenha em linha de conta que quanto mais filhos as famílias tiverem, de mais apoio necessitam”. Perante uma população envelhecida (Portugal conta hoje com uma média de três idosos por cada criança ou jovem, o que “é dramático”, nas palavras de Ana Cid) e sem capacidade de empreendedorismo, as famílias numerosas “podem dar um contributo real à sociedade portuguesa”, insiste.
Em matéria de conciliação entre a vida profissional e a familiar, a APNF recomenda também um conjunto de medidas a implementar dentro de cada autarquia, permitindo aos seus trabalhores fazer face às suas necessidades quotidianas, como é o caso da flexibilidade do horário do trabalho ou do horário contínuo (sem pausa para almoço). O alargamento das consultas médicas disponibilizadas pelos municípios aos filhos dos trabalhadores autárquicos ou o acesso dos familiares destes profissionais às cantinas das autarquias são outros exemplos de boas práticas autárquicas, em matéria de políticas de apoio à família. A este propósito, a secretária-geral da APFN deixa o alerta: “em Portugal, “existem muitas medidas de políticas assistenciais, mas temos carências nas políticas de apoio às famílias”.
Apoiar famílias com dependentes e conciliar trabalho e família
O levantamento centrou-se em duas vertentes fundamentais, as medidas de equidade e de apoio às famílias munícipes e as medidas de apoio aos trabalhadores autárquicos. As primeiras são medidas adoptadas para eliminar algumas penalizações a que as famílias são sujeitas e que permitem desagravar parte da sobrecarga financeira que pesa sobre as mesmas, quando possuem descendentes ou ascendentes em situação de dependência. As segundas são essencialmente medidas que favorecem a conciliação entre trabalho e família.
O estudo realizado torna evidente que os municípios estão conscientes da falta de políticas de apoio à família, mas possuem uma visão clara das consequências da inexistência dessas políticas.
Conhecendo bem a sua realidade local, as autarquias conseguem perspectivar com maior clareza as acções necessárias, e têm vindo a adoptar um conjunto de medidas, quase sempre adequadas, mas a sua capacidade de acção está limitada pelo estado central, quer ao nível das regras de utilização dos recursos de que dispõem, quer ao nível da sua área de competências e do seu poder decisório, conclui a análise da APFN, que sublinha: “os municípios estão, duma maneira geral, a fazer o que podem nas áreas em que podem”.
Neste contexto, “torna-se importante compreender que as políticas sociais possuem uma dupla vertente de Política de Família e de Política Assistencial, que se devem complementar”.
Para esta associação, a Política de Família deve ser uma política transversal capaz de abranger diversas áreas de intervenção e a sua adopção torna-se mais clara e consistente “quando existe um instrumento que sirva de impulsionador”. Como explica Ana Cid Gonçalves, o instrumento encontrado pelos municípios que possuem um conjunto de medidas mais amplo foi a adopção de cartões de família ou cartões de família numerosa, que proporcionam um conjunto de benefícios às famílias munícipes.
Além disso, os municípios têm em estudo e perspectivadas outras medidas, “tornando-se importante continuar a dar visibilidade constante e permanente a todas as medidas, não só para premiar o esforço que está a ser realizado mas sobretudo porque a experiência obtida por alguns municípios poderá ser aproveitada em benefício de outros”, conclui a APFN na análise dos resultados avaliados junto destes organismos.
O seu contributo no relacionamento do poder local com as famílias não se fica pelo levantamento das medidas autárquicas de apoio à família, pelo que a associação propõe, por um lado, a adopção da nomenclatura de Autarquia Familiarmente Responsável (AFR) para as autarquias que se destacam na adopção de boas práticas quer para com os seus funcionários autárquicos, quer para com as famílias munícipes; e, por outro, a criação de um Observatório de Autarquias Familiarmente Responsáveis (OAFR), que dê visibilidade às autarquias que se destaquem neste âmbito, potenciando a experiência obtida por uns municípios em benefício dos outros, colocando ao dispor das autarquias equipas pluridisciplinares que contribuam positivamente para a avaliação de medidas nesta área e disponibilizando na Internet grelhas qualificativas de avaliação das medidas que a APFN recomenda, entre outros objectivos delineados. Este observatório já tem uma equipa em funcionamento e apresentará publicamente os seus primeiros resultados em Setembro próximo.
Apoios às famílias munícipes |
• Bilhetes familiares para acesso a actividades culturais, desportivas ou recreativas • Apoios específicos às actividades escolares, por exemplo ao nível dos transportes escolares, refeições, aquisição de material escolar ou criação de bolsas de estudo • Cartão de família numerosa ou similar, que identifique as famílias numerosas do concelho, proporcionando-lhes um conjunto de benefícios • Apoios à habitação, através de descontos nos impostos municipais em função do número de metros quadrados da área das casas per capita • Criação de uma tarifa familiar da água |
Apoios aos funcionários autárquicos
• Flexibilidade de horário para acompanhamento de filhos menores;
• Horário/Jornada contínua para acompanhamento de filhos menores;
• Semana de 4 dias;
• Créditos em horas em função da assiduidade/pontualidade;
• ½ dia de trabalho por mês para resolução de questões familiares;
• Cantina camarária acessível à família;
• Consultas de medicina familiar;
• Transportes (dos funcionários para o trabalho / dos filhos dos trabalhadores para o infantário / Passes gratuitos para filhos dos trabalhadores / transporte para consultas médicas);
• Colónia Balnear para filhos;
• Dia de aniversário;
• Apoios dados através dos Serviços Sociais das Autarquias ou através das suas associações de trabalhadores, como concessões de subsídios ou comparticipações em propinas escolares, apoiamos domiciliário a idosos e deficientes ou descontos na utilização de equipamentos camarários;