Sunday 23 November 2008

Assinatura do Código de Conduta Empresas e VIH



Antes de mais, quero felicitar todas as empresas que aqui assumiram hoje um grande compromisso ao assinarem o «Código de Conduta Empresas e VIH».

Esta atitude de auto-regulação mostra o sentido de responsabilidade das empresas portuguesas perante uma doença que afecta cerca de 32 mil pessoas em Portugal, muitas delas ainda vítimas de discriminação.

Tal como qualquer outro doente crónico, um indivíduo portador de VIH tem todo o direito de assumir a sua doença no local de trabalho, sem que isso o prejudique. Mas, para tal, cabe também às entidades empregadoras estarem informadas e sensibilizadas para este problema. O «não à discriminação» dito pelas empresas funciona como um exemplo para toda a sociedade. Se as estruturas empresariais admitem funcionários portadores do vírus, estão a quebrar tabus e a abrir o diálogo à doença, combatendo a exclusão e promovendo comportamentos preventivos.

As empresas, tal como o vírus da sida, não têm fronteiras. A estrutura empresarial portuguesa está cada vez mais aberta ao continente africano, onde a sida é ainda uma realidade incontrolável. Nestes casos, as empresas assumem um papel ainda mais relevante no âmbito da saúde pública. Através dos seus colaboradores, podem elas próprias funcionar como um veículo de informação e prevenção da doença. Pequenos gestos que reflectem um enorme sentido de responsabilidade social e que podem fazer toda a diferença.

É também por essa via que o Ministério da Saúde está a caminhar. Prova disso é o facto de a sida ser uma das áreas consideradas prioritárias no Plano Estratégico de Cooperação em Saúde, cujas actividades estamos a desenvolver com os países da CPLP no âmbito da cooperação em saúde.

Não é demais lembrar que está na mão de cada um de nós prevenir esta doença, que hoje é considerada crónica, o que pode ter condicionado uma atitude de menor receio, que leva as pessoas a abandonarem a preocupação, descurando algumas medidas de prevenção.

Mas a sida continua a ser uma doença mortal, que não tem rosto e que qualquer pessoa pode contrair.

Fonte: http://www.governo.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Ministerios/MS/Comunicacao/Intervencoes/20081121_MS_Int_Empresas_VIH.htm, consultado em 23\nov\08)

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