O ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, defendeu hoje que o microcrédito pode ser melhorado se o apoio a esta actividade estiver mais disperso pelo país e mais próximo dos potenciais candidatos.
"Estamos disponíveis para investir numa lógica [de organização do microcrédito] em que o apoio a esta actividade esteja mais próximo, territorialmente", disse o ministro Vieira da Silva no encerramento do primeiro encontro de microempresários organizado pela Associação Nacional de Direicto ao Crédito (ANDC).
"As realidades, as oportunidades e as necessidades são muito diferentes de uma região ou localidade para a outra e essa proximidade, estou profundamente convencido, iria ajudar a fazer mais e melhor", afirmou o ministro.
Vieira da Silva considera o microcrédito "um instrumento necessário", que não pode ser substituído nem pelo Estado, que tem uma máquina demasiado pesada para o fazer, nem as empresas privadas de grande dimensão, porque não estão interessadas.
"Não é o Estado a desresponsabilizar-se, mas sim a admitir que precisa de parceiros", frisou, recordando que existem meios financeiros, nomeadamente do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), e o apoio da rede do Instituto de Emprego e Formação Profissional para serem utilizados.
O desafio deixado pelo governante foi ao encontro de uma das ideias que surgiu durante os trabalhos de criar uma associação nacional dos empresários e negócios que nasceram do microcrédito, em Portugal.
A ANDC cumpre dez anos de existência e tem sido uma das principais entidades a desempenhar o papel de promotora da actividade e também como ponte com as entidades institucionais, incluindo o Estado e os bancos que concedem o crédito - em condições especiais - a estes projectos.
Até final de Fevereiro deste ano e nos 10 anos de actividade, a ANDC aprovou 936 projectos que criaram 1.167 postos de trabalho, sendo a taxa de sucesso até agora de 84,71 por cento.
O valor médio dos empréstimos concedidos é de 4.635 euros e o acumulado desde o ínicio da actividade da Associação já superou os 4 milhões de euros.
Três bancos - a Caixa Geral de Depósitos, o Millennium BCP e o Banco Espírito Santo - trabalham com a ANDC nesta actividade.
Fonte:(http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/e36dac7de76db6acab4d78.html , consultado em 11\maio\08)
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