Pode ser sobretudo uma ideia de negócio, mas é inegavelmente positivo que a Auchan tencione abrir uma rede de creches junto aos seus supermercados Jumbo. E que os destinatários prioritários sejam os filhos dos funcionários.Em Portugal, apesar das sucessivas promessas governamentais, persiste uma grave carência de creches. Milhares de pais sofrem todos os anos para encontrar um local onde deixar as crianças e é indesmentível que esse problema inibe muitos casais de terem filhos ou, pelo menos, aventurarem-se a gerar uma segunda criança. Daí a importância de as próprias empresas darem mostras de responsabilidade social, preocupando-se com os seus trabalhadores. Está provado que ficam todos a ganhar - empregador e empregados - quando o bem-estar social e psicológico está garantido, e um bom exemplo disso é a célebre creche da TAP, que funciona 24 horas por dia. Mau exemplo é, por outro lado, a CP, que prevê encerrar as creches para filhos de funcionários que possui espalhadas pelo país - algo tanto mais grave quanto se trata de uma empresa tutelada pelo Estado.A responsabilidade social para inverter a quebra das taxas de natalidade passa, pois, por todos. Portugal precisa de exemplos positivos como o da Auchan (ou da TAP). Mas também é imperioso que o Governo cumpra o seu papel abrindo novas creches, como já anunciou diversas vezes. A ameaça de uma recessão económica à escala mundial está a provocar uma fuga de investidores dos mercados financeiros. Num cenário de extrema incerteza financeira, muitos procuram refúgio em bens menos especulativos e de ganhos rápidos, mas mais sólidos enquanto investimento futuro. Não surpreende, por isso, que o ouro, por exemplo, tenha atingido novos máximos históricos no últimos dias. Mas são também cada vez em maior número os que olham para a arte como uma forma de investirem, mas protegendo-se das oscilações das bolsas. Quer seja um Picasso ou um Paula Rego, nos famosos leilões de Londres, Nova Iorque ou Lisboa, as obras de artes batem recordes atrás de recordes, atingindo valores astronómicos, como aconteceu anteontem com uma obra da pintora poruguesa. A crise pode fazer perder (e ganhar) fortunas, mas um quadro de um grande pintor consegue sempre resistir à erosão provocada pela passagem do tempo. Mesmo em períodos de inflação exagerada pela subida meteórica dos preços das matérias-primas.
consultado em 03\Mar\08)
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