Sunday 25 March 2007

Noticia -Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: Luta contra discriminação precisa fazer parte dos esforços para atingir os Objetivos do Milênio


Nova York, 21/03/2007
A luta contra o racismo, tanto na esfera pessoal quanto na pública, precisa fazer parte dos esforços para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio — uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a atingir até 2015. O alerta foi feito pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon (pronuncia-se "ban gui mun"), em sua mensagem para o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, celebrado todo 21 de março, desde 1966.
O tema da data neste ano (racismo e discriminação – obstáculos ao desenvolvimento) destaca justamente a relação entre o preconceito e o desenvolvimento. “As práticas racistas causam danos às suas vítimas, mas também limitam as perspectivas de sociedades inteiras onde tais práticas são toleradas”, observou o secretário-geral. “Impedem que as pessoas realizem o seu potencial e não permitem que contribuam plenamente para o progresso nacional. Perpetuam desigualdades sociais e econômicas profundamente enraizadas. Quando não são enfrentadas, podem causar agitação social e conflito, comprometendo a estabilidade e o crescimento econômico”.
Ele defendeu que a rejeição a “qualquer ato discriminatório e intolerante” e o protesto público contra essas práticas devem “fazer parte da vida de todos”. “Dada a relação entre racismo e desenvolvimento, estas ações deveriam ser consideradas como sendo parte integrante dos esforços locais e nacionais em prol da consecução dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”, declarou.
Ban avalia que houve avanços nas últimas décadas, e cita como exemplo o fim do apartheid na África do Sul. Foi um incidente nesse país, ainda durante o regime segregacionista, que motivou a criação, pela ONU, do Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial. Em 21 de março de 1960, na localidade de Sharpeville, a polícia sul-africana atirou em manifestantes que protestavam contra leis discriminatórias, matando 69 pessoas e ferindo várias outras.
Além do fim do apartheid, o secretário-geral destacou também a aprovação de leis contra a discriminação, mas advertiu que elas nem sempre saem do papel. “As leis existentes nos livros nem sempre se traduziram em melhores condições na prática. E numerosos países têm ainda de formular e aplicar políticas eficazes contra a discriminação”, criticou. “De um modo geral, relatórios recentes apontam para um aumento inquietante do número de incidentes de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância conexas, em muitas partes do mundo”.
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